Com a revolução industrial uma nova classe surge, a dos trabalhadores através de sua conscientização como sujeitos históricos da construção de outra sociedade.
Devido ao processo de proletarização dentro das grandes indústrias criou-se uma nova organização, a dos trabalhadores e com ela uma nova filosofia de pensamento referenciada na critica ao capital, a exploração do trabalho assalariado e a propriedade privada dos meios de produção, Seu grande expositor foi o filosofo alemão Karl Marx que por si só dispensa palavras, e seu amigo Prussiano Friedrich Engels profundo conhecedor da situação dos trabalhadores ingleses da época e que hoje servem como base de leitura para qualquer organização de esquerda e socialista no mundo.
A revolução industrial que ao tempo em que trouxe avanços na produção (na sua capacidade), originou uma enorme e bestial exploração do homem. Trabalhadores eram obrigados a cumprir até 16 horas na produção e não tinham tempo algum para dormir, quem dirá ao lazer e a cultura. Não tinham como reivindicar direitos já que não existia lei trabalhista, além de receberem salários baixos que mal dava para a alimentação. Quando tentavam se organizar coletivamente eram duramente reprimidos pelos governos burgueses.
Em 1896 na fortemente industrializada cidade de Chicago milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas lutar por seus direitos e foram duramente reprimidos pela policia local, trabalhadores foram mortos e lideres operários foram presos e torturados, além de dezenas de feridos
Em homenagem a luta dos trabalhadores em Chicago a Segunda Internacional, coletivo de diversos partidos socialistas do mundo inteiro e uma cisão da Associação Internacional dos Trabalhadores, decidiu criar o dia Internacional do Trabalhador e que ele seria comemorado no dia 1° de Maio
No Brasil o ato foi oficializado em 1925 pelo então presidente Arthur Bernardes, porém existem relatos de que a primeira ação coletiva dos trabalhadores comemorando seu dia foi realizada no fim do século XIX com manifestações concentradas na cidade de Santos.
1º de Maio no Brasil nos dias atuais
Neste ano diversos atos em homenagem a data foram realizados no país, organizados por diversos setores ideológicos, desde o esquerdismo divisionista, sectário e anacrônico de centrais como a Conlutas, ao sindicalismo pelego da Força Sindical que distribui carros, casas e faz desta da data um dia de festa e shows indo no sentido contrario ao que o dia representa. Os trabalhadores devem encarar o primeiro de maio, como uma data de reflexão, de agrupamento, de reunião e luta contra a exploração.
É dever da CUT como Central mais importante do país, continuar com a postura adotada este ano, lutando por melhores condições de trabalho, por salários (a venda da força trabalho ao preço corrente de mercado), desenvolvendo a lógica da disputa hegemônica dos trabalhadores contra o capital além do despertar da consciência latina americana. Mas é possível avançar ainda mais no sentido de oferecer mais subsídios e condições de nortear a classe trabalhadora para luta social e política que esta por vir, organizá-los para ação direta objetivando a construção de uma nova sociedade, que por necessidades históricas será justa, solidaria e democrática, será socialista.
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