O ESPÍRITO LIVRE

Este espaço tem como objetivo aglutinar todo o emaranhado de idéias que eu tenha produzido. Um espaço de reivindicação para a construção de uma nova sociedade e de resistência ao senso comum

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"Ensaio sobre a cegueira"

Ensaio sobre o Filme e as bases escritas por Saramago


O filme ensaio sobre a cegueira, é muito interessante e pode ser analisado sob diversas perspectivas e em diversos pontos, neste texto, gostaria de analisá-lo sob o pensamento do escritor, que neste experimento sobre a cegueira universal, parece despejar tudo o que pensa sobre a sociedade atual e seu futuro.

Apesar de o filme parecer um pouco forte, o enredo é transmitido de uma maneira que possibilita acompanha-lo tranquilamente do principio ao fim, diferentemente do que ouço dizer do livro.

Ouvi alguns comentários sobre sua violência e tudo mais. Concordo em alguns pontos, acredito que o autor não necessite explicitar de maneira tão hemorrágica seu pensamento, nitidamente não conseguimos observar um objetivo bem delineado, penso que não necessita disto para ser compreendido, parece que escreve com raiva, o que não é ruim, entretanto, não consegue traçar como ressaltei acima, um objetivo concreto.

Outra coisa que me incomodou foi sua visão pessimista. Tal pessimismo me irrita um pouco, parece que tudo esta perdido, não digo que devamos ter aquele otimismo burro e sem sentido, mas sim critico e baseado em critérios científicos, o que não consigo ver na obra.

O filme impressiona de uma maneira inteligente e sagaz, com um roteiro muito bom, mas fico com a sensação de que berraram isto a minha pessoa e as que estavam ao meu lado, acho que Saramago se preocupou muito em gritar, ao invés de mostrar saídas e soluções, tudo muito hediondo e catastrófico, a humanidade caminha para seu fim, socorro!!!.

Desculpem-me, mas isto muito me lembra o discurso Pseudo-intelectual adotados por pessoas que conheço. Muitas coisas são verdades, a dominação, exploração e principalmente a alienação, só não concordo que estamos caminhando para o triste e amargo fim da história.

domingo, 21 de setembro de 2008

2007/08

Transição

Engraçado é pensar sobre nosso dia a dia e o quanto ele se torna monótono e rotineiro às vezes, já passei por esta fase diversas vezes na minha vida, mas agora isto mudou de uma maneira considerável, meu dia já não anda tão mecanizado. Na primeira metade do dia a sempre algo diferente para se fazer, na segunda parte as coisas estão distintas, continuam os cenários, o figurino, e tudo mais, porem tivemos uma mudança de personagens, gestos falas toques e emoções. Minhas convicções políticas são as mesmas, quiçá um pouco mais elaboradas. Meu jeito de ser, segue a mesma constante, não se altera significativamente.

Apartir das considerações acima, vejo como neste ano tive transformações em meu circulo social (meu mundinho) e que elas me fizeram avançar muito, foram quantitativas e qualitativas, e em muito contribuem para meu desenvolvimento...

Um ano de transição muito significativo que posso definir em oito palavras, as coisas que já não tinha mais, que vinha perdendo e as que nunca tive.Finalmente voltaram a acontecer na minha vida:

Paixão

Amor

Tesão ( em todos os sentidos)

Risos

Indignação

Convicção

Inquietude e

Alegria

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Chico Mendes, eterno

Esta frase foi extraida de uma carta escrita por Chico, encontrada dentro de um cesto de lixo...

"Atenção, jovem do futuro:

Seis de setembro de 2120, aniversário ou centenário da Revolução Socialista Mundial, que unificou todos os povos do planeta num só ideal e num só pensamento de unidade socialista, e que pôs fim a todos os inimigos da nova sociedade.

Aqui fica somente a lembrança de um tristre passado de dor, sofrimento e morte.
Desculpem, eu estava sonhando quando escrevi esses acontecimentos que eu mesmo não verei.
Mas tenho o prazer de ter sonhado.

Chico Mendes"

Debate sobre meio ambiente, Ensaio: São Paulo Gestão Urbana e Sócio-Ambiental.


Mesmo não tendo muito acumulo neste debate, acredito que posso dar a minha contribuição.


Estes dias estava lendo um texto do Greenpeace que tratava do compromisso que os paises ricos tem de assumir com o meio ambiente e preservação através de uma lógica de sustentabilidade, pois bem, também acho que as potencias deveriam tal compromisso, entretanto isto se torna ilógico quando se tem um sistema socioeconômico como o atual, e como não enxergo( pelo menos num horizonte próximo) qualquer subversão a ordem vigente, é preciso ser prepositivo taticamente, orientado numa visão estratégica para salvarmos o espaço social.. Outra coisa a se ressaltar é que o próprio Greenpeace esta atrelado a diversos interesses das grandes indústrias, e pouco envolve o lado social em seus discursos, este que jamais foi de transformação e sim de equilíbrio dentro desta estrutura econômica (como se isto fosse possível).

Acredito que em São Paulo é de extrema necessidade que se comece a pautar uma política Sócio-Ambiental, antes que os interesses dos poderosos acabem com o equilíbrio necessário que se estabelece com a natureza, é preciso tratar de uma maneira séria e coerente as políticas ambientais e paisagistas, proteger os patrimônios culturais e ambientais, uma coleta de lixo eficiente e seletiva. Políticas de saneamento básico implantando uma perspectiva social de abastecimento de água. Combate a especulação mobiliaria, controle de poluentes em transportes públicos e rever a fundo nossa atual política industrial para termos mais qualidade de vida e saúde, uma cidade educadora que contextualize o cidadão desta problemática urbana.

Esta política Socio-ambiental depende de uma outra visão social, sob qual perspectiva se enxerga a “Los de abajo”, acredito que tudo isso só será possível com uma participação popular efetiva, isto é muito importante, uma vez que é garantir a sociedade civil nos projetos de âmbito municipal, criando instrumentos de controle social e implantando mecanismos de gestão democrática no planejamento urbano.